TOCABARRO

quinta-feira, 7 de maio de 2009

CORES DE FOGO

A louça preta, foi outrora produzida em vários centros oleiros de Portugal, assim como, na região de Barcelos.
Esta arte tão tradicional foi já extinta em vários desses centros e, em Barcelos já estava em risco de extinção. Com o objectivo de manter viva esta arte, esta cultura e, este testemunho artístico, do qual o homem é responsável, o oleiro João Lourenço, iniciou uma profunda investigação sobre este tipo de louça e as suas cozeduras.
O fascínio por este trabalho e pelos resultados obtidos nas peças cozidas em atmosfera redutora, levou-o a dedicar-se à produção de peças de louça preta e de peças cozidas em forno de serrim com sais.

Pastas e técnicas

As peças são realizadas com as tradicionais pastas de barro vermelho e, moldadas na tradicional roda de oleiro movida a pé.

Cozedura

A cozedura destas peças resulta da evolução de técnicas ancestrais, sendo as peças de louça preta cozidas pelo próprio oleiro, num forno de lenha construído por ele para esse efeito.
A cor negra que as peças adquirem resulta do facto destas serem submetidas a uma cozedura em atmosfera fortemente redutora.

A cozedura das peças com serrim e sais é realizada num pequeno forno, em atmosfera redutora ou parcialmente redutora. A presença de determinados sais na atmosfera do forno, permite a obtenção de efeitos e cores totalmente fascinantes, resultando assim peças verdadeiramente únicas.


As peças

Num verdadeiro dialogo entre o homem e a natureza, João Lourenço combina os quatro elementos
fundamentais (a terra, a água, o ar e o fogo) com a sua experiência e habilidade.
Deste dialogo e desta combinação resulta a criação de peças de autor, tradicionais e contemporâneas, que são apresentas nesta exposição.


Peças com diferentes formas, mas igualmente elaboradas com naturalidade artística, o que demonstra a simplicidade desta arte tão bela e ancestral.

>texto de apoio à exposição

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